Vinicultores do Novo Extremo Um renovado horizonte estilístico ganha vida entre montanhas e vulcões, com tradicionais variedades europeias que se unem à força do terroir do sul do Chile. Os vinhos austrais Frescura e singularidade definem o vinho do Novo Extremo e aos seus vinicultores que recuperaram a tradição vitivinícola com identidade e sentido de origem.
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Vinhos da Araucanía é um projeto associativo que nasceu em 2020, da união entre cinco vinicultores da região austral da Araucanía, 38° Latitude Sul, internacionalmente conhecida por ser a terra originária do povo mapuche.

A vitivinicultura nesta distante região do Chile tem sua origem na chegada da imigração europeia no final do século XIX. Após difíceis anos para a vide, estes cinco emergentes vinicultores, alguns deles descendentes daqueles imigrantes, recuperaram as tradições ancestrais, incorporando toda a riqueza cultural e geográfica da zona para elaborar vinhos com sentido de origem, francos e a escala humana.

Hoje se projetam ao mundo como uma colaboração fresca que enriquece a crescente diversidade de estilos e variedades de uvas cultivadas e vinificadas no território chileno.

Nossos Produtores

D.O. Vale do Malleco, Vale do Cautín: Vinicultores do Novo Extremo

Vinícola Aynco
Cristián Neira

Fundada em 2014 por quatro sócios, Vinícola Aynco está localizada no Vale do Cautín. Em seus 2,5 hectares de vinhedos, destaca-se pela produção de Pinot Noir, Chardonnay e Riesling.

Vinícola Capitán Pastene
Juan Pablo Lepín

Nasce em 2017 dirigida por Raúl Narváez e Juan Pablo Lepín em Capitán Pastene, antiga colônia italiana, no Vale do Malleco. Destaca-se pela sua produção de Moscatel e Pinot Noir.

Vinícola Cavallieri
Silvana Cavallieri

Vinícola familiar liderado pelos irmãos Silvana e Antonio Cavallieri. Localizada em Los Sauces, Vale do Malleco, destaca-se pela produção de Pinot Noir.

Vinícola Kofkeche
Jorge Morandé

Em busca de novos desafios na área, Jorge Andrés Morandé, inspirado na viticultura do norte da Califórnia e Oregon.

Vinícola Kütralkura
Josefina Chahin

Em Angol, Vale do Malleco, nasce em 2013 a aposta da família Chahín pelo cultivo de Chardonnay e Viognier. Hoje, Josefina Chahín, enóloga, lidera o projeto familiar.

Linha do Tempo

A viticultura nesta área remota do Chile teve sua origem na chegada da imigração européia no final do século XIX.

Imigração europeia

1880

Começam a chegar à zona, colonos franceses, suíços e italianos, principalmente.

Primeiros assentamentos

1890-1900

Se consolidam os primeiros assentamentos de colonos e com eles surgem os primeiros cultivos de vides.

Uma pausa na produção vitivinícola

1930

Ao longo do século XX, devido às adversidades climáticas e à falta de tecnologia, o cultivo da vide é substituído pelos cultivos tradicionais.

Recuperação

1995

É iniciada a recuperação do vinhedo graças à novas plantações de Chardonnay realizadas por Alberto Levy e Felipe de Solminihac.

Nova Denominação de Origem

2002

É criada a Denominação de Origem Vale do Malleco, a mais austral de Chile.

Ressurgimento

2010

Com a chegada do século XXI inicia-se uma nova etapa na produção de vinhos na Araucanía que busca projeção além de suas fronteiras.

Associação de Vinicultores da Araucanía

2018

Nasce a Associação de Vinicultores da Araucanía que em sua origem agrupa a doze vinícolas da região.

Vinhos da Araucanía

2020

Nasce Vinhos da Araucanía, um projeto associativo entre cinco emergentes vinicultores com a finalidade de projetar seus vinhos no Chile e no mundo.

O Novo Extremo

Frescura e identidade definem o vinho do Novo Extremo. Estas características dão conta de um renovado horizonte estilístico para o vinho chileno e sul-americano.

Este novo polo vitivinícola move as fronteiras do desenvolvimento da vide no Chile. Localizado no paralelo 38° Latitude Sul, a 650 km ao sul de Santiago e a 300 km da zona vitícola mais tradicional do país, amplia a diversidade com uma combinação de variedades de uvas europeias unidas a força do terroir do sul do Chile.

Montanhas, vulcões e lagos são a paisagem principal desta austral região, e ainda que o clima no inverno é frio e chuvoso, os verões são secos e curtos. Estas características –mais próximas a Borgonha francesa que a zona central do Chile– configuram um cenário que vem a enriquecer a oferta de vinhos chilenos no mundo.

Por sua parte, os solos de origem vulcânico com alto conteúdo de quartzo outorgam aos vinhos do Malleco e do Cautín um marcado caráter e sentido de território. Os vinhos são frescos e frutuosos, de excelente acidez e mineralidade, leves, mas muito estruturados e complexos. Por sua vez, devido as condições climáticas, são de baixa graduação alcoólica, atributo que hoje é reconhecido como uma tendência mundial.

VINHOS EM DESTAQUE

Nossos vinhos são projetados para o mundo como uma nova contribuição que enriquece a crescente diversidade de estilos e variedades cultivadas e vinificadas em território chileno.

Yarken

Viña Aynco

Anos: 2020 / 2021 / 2022
100% Pinot Noir
Álcool: 12,5%
Produção: 2.000 L
DO Vale do Malleco, La Araucanía

Yarken provêm da plantação localizada na comunidade de Lumaco de 12 anos de antiguidade, no cordão montanhoso da cordilheira de Nahuelbuta.

O solo é franco-argiloso, profundo, de origem vulcânico, formado a partir de rochas metamórficas, color pardo avermelhado. Apresenta cascalho de quartzo em todo seu perfil. Altura 300 msnm.

O clima é mediterrâneo oceânico, com invernos frios de altas precipitações e verões com chuvas escassas. As precipitações anuais superam os 900 mm. Estas condições climáticas, que lembram a fria Borgonha, mais que o caloroso Vale Central do Chile, permitem destacar a acidez e frescura nos vinhos.

O vinhedo é tratado de maneira convencional. É conduzido no sistema de espaldeira e a irrigação por gotejamento.

Nahuelbuta

 Viña Capitán Pastene

Anos: 2020 / 2021 / 2022
100% Pinot Noir
Álcool: 13%
Produção: 2.000 L
DO Vale do Malleco, La Araucanía

Nahuelbuta provêm do vinhedo de Nahuelve, de 20 anos de antiguidade, localizado na comunidade de Los Sauces, aos pés da cordilheira de Nahuelbuta.

O solo é franco-argiloso, profundo, de origem vulcânico, formado a partir de rochas metamórficas, cor pardo avermelhado. Apresenta cascalho ou cascalho de quartzo em todo perfil. Altura 200 msnm.

O clima é mediterrâneo oceânico, com invernos frios de altas precipitações e verões com chuvas escassas. As precipitações anuais superam os 900 mm. Estas condições climáticas, que lembram a fria Borgonha mais que o caloroso vale central do Chile, permitem destacar a acidez e frescura dos vinhos. O vinhedo é tratado de maneira convencional, apesar de que com algumas mínimas aplicações. É conduzido em sistema Lira ou Cruzeta Duplo e a irrigação é por gotejamento.

T3RZO

 Viña Cavallieri

Anos: 2018 / 2019 / 2022
100% Pinot Noir
Álcool: 13%
Produção em garrafas: 6.000
DO Vale do Malleco, La Araucanía

T3RZO provêm de um vinhedo de 2 hectares localizada em Los Sauces, Vale do Malleco, altura de 148 msnm. Uma ladeira aos pés da cordilheira Nahuelbuta, de solo vermelho argiloso e clima mediterrâneo, um pouco mais caloroso que o interior.

A densidade da plantação é de 5.000 plantas por hectare e é conduzido em sistema de espaldeira e irrigado com irrigação por aspersão. Não se utilizam fertilizantes nem agrotóxicos, exceto enxofre.

Se elabora na vinícola de seu enólogo, Alejandro Jofré. Não obstante, é impossível dissociar esse processo da administração no vinhedo, já que o solo, o clima e a viticultura têm um papel protagônico. Ao ser proveniente de uma ladeira, topografia elevada, mais calorosa da zona, a uva amadurece antes e se colhe mais cedo. Jofré administra o vinhedo junto com o viticultor Renán Cancino, quem também os acompanha em outros projetos. Depois de algumas safras de aprendizagem, Jofré vai se misturando com o lugar, preparando a plantação para permitir uma colheita antecipada e um amadurecimento homogêneo da fruta. O resultado é que consegue elaborar um Pinot muito particular principalmente em termos de estrutura, mais próximo ao Pommard que o clássico Pinot característico da Borgonha.

Kofkeche

Viña Kofkeche

Anos: 2019 / 2020 / 2021
100% Chardonnay
Álcool: 14%
Produção em garrafas: 3.106
DO Vale do Malleco, La Araucanía

Kofkeche provêm de uma plantação jovem, localizada no pequeno vale do Pajal, na comunidade de Traiguén, a uma altura de 190 msnm. Os solos são de origem vulcânica (trumaos), série Collipulli, ácidos e moderadamente profundos, com alto conteúdo de quartzo em todo perfil e ardósia em profundidade. A textura dominante é franco argiloso-arenoso. O clima é temperado com uma breve estação seca. O vinhedo é conduzido no sistema de espaldeira.

A uva é colhida a mão em gamelas de 10 a 12 kg e submetida diretamente a prensagem. Se vinifica na cantina do seu enólogo, François Massoc, de maneira artesanal tradicional. A vinificação é em barris de carvalho francês (225 L) e o restante em tanques de aço inoxidável com reserva em borras por aproximadamente 12 meses. A fermentação alcoólica se produz em barris de carvalho francês e em tanques de aço inoxidável com controle de temperatura, para assegurar uma fermentação lenta e limpa. O vinho em seguida descansa durante o inverno esperando a que em primavera se iniciem as fermentações maloláticas. Depois dessa etapa, vem o tempo de reserva, para a polimerização de todos os compostos que lentamente foram sendo gerados durante todo o processo para finalmente engarrafar o vinho. Nos vinhos Kofkeche há mais observação, espera e reflexão, que ação.

Kütralkura Chardonnay

 Viña Kütralkura

Anos: 2019 / 2020 / 2021
100% Chardonnay
Álcool: 14%
Produção em garrafas: 2.000
DO Vale do Malleco, La Araucanía

Kütralkura Chardonnay provêm do vinhedo em Angol, de 7 anos de idade, localizado no setor Cutipay 37°82’62” – 72°62’48” no Vale do Malleco, a uma altura de 200 msnm. O solo é argiloso com incrustações calcárias que contribui com a mineralidade. Angol tem um clima muito especial, mediterrâneo, onde, diferentemente de outros setores da região, não tem geadas na primavera que possam afetar a videira. A plantação se encontra em uma zona elevada, onde predominam ventos fortes, portanto não se utilizam herbicidas na época de crescimento e desenvolvimento da videira.

O vinhedo é conduzido em espaldeira, com irrigação gravitacional por sulcos, mas com baixa frequência, somente 3 vezes por temporada em cada variedade, com o objetivo de que a videira explore através de suas raízes até alcançar o nível ideal de água, e possa se estabelecer em um sistema secano (sem irrigação) mais sustentável com o meio ambiente. O vinhedo é tratado de maneira sustentável, com aplicações de enxofre e cobre para a prevenção de doenças.

A vinícola conta com desengaçadeira, tanques de aço inoxidável com refrigeração, barris de carvalho francês, central frio/calor e prensa pneumática. Produz 5.000 litros anuais.